segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Sindicatos se unem para tratar de conflitos indígenas no sul e extremo sul baiano

Produtores rurais e representantes de sindicatos se reuniram em Eunápolis

Na última segunda-feira, dia 16, produtores rurais e representantes de sindicatos se reuniram na cidade de Eunápolis, extremo sul da Bahia, para debater a segurança jurídica durante o período de ameaças e invasões de propriedades realizadas por pessoas que se declaram como indígenas.

Estiveram presentes os representantes dos sindicatos rurais dos municípios de Belmonte, Porto Seguro, Prado, Itamaraju, Eunápolis e Itapebi, além de representantes das associações dos produtores florestais do extremo sul da Bahia e dos pequenos produtores de Ilhéus, Una e Buerarema. 

Também participaram da reunião os advogados Ivan Calvin, Leandro Mosello e Vinícius Cavalcante, contratado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia, a FAEB, para realizar o atendimento gratuito aos pequenos agricultores de Ilhéus e Buerarema que já tiveram suas propriedades invadidas.

O objetivo da reunião foi o de mobilizar e criar uma rede entre sindicatos, associações e produtores para que providências jurídicas à respeito do assunto sejam pensadas e tomadas em conjunto. No encontro, os representantes trocaram experiências sobre o tema apresentado.

  Através da apresentação de mapas, produtores do extremo sul da Bahia conheceram um pouco mais sobre a pretendida demarcação de terras no sul do estado.

De acordo com o Flamarion Matos, presidente da Associação dos Produtores Florestais do Extremo Sul da Bahia, e também produtor rural, a realização da reunião foi de grande importância. Flamarion, que é natural de Itabuna, teve sua propriedade (localizada em Eunápolis) invadida há dez anos, por pessoas que se declaram da tribo indígena Pataxó. Até hoje, o seu pedido de reintegração da propriedade tramita na justiça.

Já o produtor rural Mario de Oliveira, de Belmonte, afirmou que se interessou em participar da reunião após já ter sido ameaçado de invasão por supostos índios Tupinambá. Mario possui apenas o ensino fundamental completo e sobrevive exclusivamente da renda de sua propriedade. 

Ao final da reunião foi elaborado um ofício, direcionado ao Dr. João Martins da Silva Júnior, presidente da FAEBsolicitando a designação uma audiência com os representantes daquela instituição para tratar do conflito indígena instaurado no sul e extremo sul do Estado da Bahia. O documento foi assinado por nove lideranças sindicais. Como resposta ao ofício, a FAEB já agendou o encontro, em sua sede na cidade de Salvador, para o próximo dia 20 de janeiro.

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